domingo, 8 de novembro de 2009

‘~ Vaidade de papel


Narciso acha bonito
Do que valeria seu reflexo?
Tudo aquilo que é espelho
Se tudo que pronuncia não tem nexo.

Odeio a sua vaidade fútil
A sua exibição ridícula
É simplesmente uma presença inútil
O que é anjo sem auréola?

A simplicidade de uma gentileza
Terminará no obscuro frio
Que de modo nenhum possui beleza
Constituído de um conceito vazio

Pra isso não tenho paciência
Vou pensar numa coisa primeiro
À simplicidade a vaidade pedirá clemência
Será prazeroso como comer brigadeiro


Felix Brito

sábado, 10 de outubro de 2009

'~ mas que mel é esse


Um olhar intrigante
Por vezes verde por outras mel
Que se torna interessante
Quando é retirado o vel.

No complicado e no simples
No preto e no branco
No robusto e no requinte
No silêncio e no canto.

Lâmina de duas faces
Será que te atrai, distrai?
Notável como doces
Te leva sempre a sorrir.

Mel guardado por segredo
Visível, porém difícil de degustar
Permanecendo o desejo?
Desvendar e experimentar.

O verde mar encantador
O coração sempre muito fiel
O castanho mel desafiador
O amor escrito numa folha de papel.

Felix Brito